Nome da escola: CEI Shangri-lá - Núcleo III - CCJA Responsável pelo projeto / ação: José Leonardo Garcia e Karen Mariana Aguiar Função: Professor de Educação Infantil - Professora de Educação Infantil Município / Estado: São Paulo - SP Faixa etária atendida: 3 a 4 anos Categoria: Professor 1: Passei a ouvir, observar e conhecer mais as crianças A exploração e a pesquisa das crianças alicerçaram suas trajetórias de contato com as narrativas, pois elas já demonstravam habilidades em recontar as narrativas orais. Além da valorização da cultura africana, essa ação trouxe também a oportunidade de se discutir a questão das diferenças (religião, cor, e afins), a pluralidade e os direitos. O que levou a realização da prática? (diagnóstico) O interesse das crianças pelos contos populares e a presença de crianças de diferentes raças na escola, levou a professora a realizar uma sequência didática que trabalhava com os contos africanos. Descrição das intervenções que foram realizadas O foco do trabalho com o novo e com a descoberta, criou contextos e despertou o desejo de conhecer e explorar os encantos da África, bem como trouxe à tona todo o conhecimento e potencial das crianças. Os contos africanos transmitidos por gerações, celebram a cultura e os costumes de um povo possibilitaram aprendizagens e valorização de uma cultura diferente. A beleza e as cores reveladas nas imagens dos contos (um fator marcante), seus tons contrastantes à realidade, marcada por desigualdes, carregam nas cores a força dessa cultura. As mesmas cores vibrantes foram utilizadas nos espaços durante as leituras e contações; cenários criados as crianças, com muitos elementos naturais. Utilizaram-se outros instrumentos como brinquedos (animais africanos, castelos etc.), fantoches, etc, em narrativas e personagens que trouxeram novas descobertas e novos desafios. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido Com essa sequência de atividades, pode-se perceber o quanto as crianças são capazes e nos surpreendem. A cada atividade, revelavam o que sabiam e o que estavam aprendendo e imaginando. Num simples apontar de dedo, para dizer que aqueles eram animais da áfrica; que a bola transparente agora era a lua, e que poderiam ter inúmeras bolas, seriam “várias luas”, ou quando o brincar com a “cobra de meia colorida” era brincar com seu amigo sapo; e que as imagens gravadas na capa do livro, já definiam as “histórias da África”. A palavra “emoção” é aquela que caracteriza o encontro das crianças com os contos africanos. Foram dois meses de um mergulho que ampliou a visão sobre a África e sua cultura e também um momento onde as crianças puderam expressar tudo o que sabiam e tudo o que aprenderam nesse processo. Descrição dos resultados das ações Um dos pontos marcantes dessa sequência, foi a participação de dona Inês, mãe de uma das crianças, de origem angolana. Ela prontamente aceitou o convite e foi além, presenteou as crianças e os adultos com uma boneca de pano, tão comum para ela, em sua cultura, pois produzem os brinquedos para seus filhos. Realizou-se uma vivência, uma imersão nessa cultura, por meio das histórias da Dona Inês, o que confirmou para todos que o saber, o conhecimento, é como uma semente, nunca como árvore crescida. Os pais também tiveram a oportunidade de aprender, por exemplo, revelado na frase de uma mãe: “o Baobá é uma árvore muito grande e é preciso vários homens para abraçá-la”; E uma criança explicando para a mãe: ... “é assim que se dança lá na África”.
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Nome da Instituição: CEI A. E. Carvalho Responsável: Maria Mauricia da Silva Souza Rabelo Função ou cargo que ocupa: Diretora Equipe participante: Docentes, gestão operacional, crianças, famílias e comunidade Categoria: Gestão 1 - Como favorecemos o protagonismo infantil (o olhar da gestão para a criança) Município e Estado: São Paulo/SP Faixa etária atendida: 0 a 3 anos O que levou a realização da prática? (diagnóstico) A proposta teve como princípio garantir os direitos de bebês e crianças de se locomoverem pelo bairro cotidianamente para chegarem ao CEI, entendendo que o educar e cuidar vai além dos muros da escola da infância, envolvendo a família e a comunidade. O terreno ao lado da escola era um ponto de descarte irregular de lixo. As crianças percebiam o incômodo que isso causava e conversavam sobre os problemas e dificuldades que tinha para chegar na escola. Nas discussões em roda a professora e as crianças começaram a pensar no que poderia ser feito para resolver esse problema. Descrição das intervenções que foram realizadas Com esta demanda no cotidiano da unidade, a direção e demais funcionários constataram a necessidade de atuar junto às crianças na preservação e conservação do ambiente externo ao CEI, buscando uma melhor convivência no território. A intenção foi desenvolver uma ação em que as próprias crianças pudessem participar das mudanças no território, conservando e preservando o espaço em que vivem, o que amplia a visão cidadã para a conquista de uma sociedade mais sustentável. O plano de ação contemplava encontros com o poder público, garantindo a rede de proteção; visitas ao espaço; vivencias e experiências significativas com as crianças; oficinas com as famílias; encontros com os moradores; monitoramento do espaço junto com as crianças, além do diálogo com outras instituições da comunidade. Depois da retirada do lixo do local pela prefeitura, uma reinvindicação do CEI, os familiares e moradores do entorno prepararam o espaço junto com as crianças e funcionários, embelezando-o com plantas, com pinturas nos muros, colocação de brinquedos, entre outros, efetivando a ocupação daquele espaço, agora revitalizado. As crianças apropriavam-se do espaço e discutiam mais possibilidades de melhorias. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido É preciso discutir políticas públicas desde a creche, com crianças pequenas, porque elas são capazes de compreender o que acontece no território e também de disseminar seus conhecimentos. Suas vozes precisam ser ouvidas e levadas a sério. Em roda de conversa com as crianças a intenção era fazer provocações em relação ao descarte de lixo em vias públicas. Surgiram muitas falas interessantes sobre o entorno da creche e de suas casas, tais como: - “Minha avó mora em frente, entra rato na casa dela!” - “Tiraram o lixo da calçada, agora posso passar com minha mãe; - “Não pode jogar lixo na rua tem que jogar no lixo” Muitos assuntos interessavam às crianças e elas buscavam soluções para o problema que enfrentavam. Descrição dos resultados das ações O projeto alcançou sua metade hoje o espaço é monitorado por todos, mantendo a limpeza local, o envolvimento das crianças e famílias. O diálogo com a comunidade ficou mais frequente, estreitando as relações e o senso de pertencimento. As crianças. Com seus direitos garantidos, ocupam o espaço coletivo para experimentar, aprender, brincar, explorar, se esconder e se encantar com e na natureza. Juntos, na parceria, com criatividade, coragem e incentivo é possível garantir direitos e inovar, superando as dificuldades e desemparedando as infâncias. Esta é uma ação de cuidado. Cuidado consigo, com o outro e com o meio ambiente. |
Histórico
Novembro 2019
Categorias
Tudo
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