Nome da Instituição: EMEI Décio Trujillo Responsável: Patricia Rodrigues Alves Silva Função ou cargo que ocupa: Professora Equipe participante: Professoras do período da tarde, equipe de gestão e comunidade escolar Categoria: Professor 2 - Investigações Infantis Município e Estado: Barueri / SP Faixa etária atendida: 4 a 5 anos O que levou a realização da prática? (diagnóstico) O projeto surgiu a partir da escuta atenta da professora ao interesse das crianças, que, no discutiam sobre uma aranha que avistaram no jardim da escola. Umas diziam que as aranhas tinham patas e outras diziam que tinham pernas. A curiosidade e as hipóteses que levantavam para convencer os amigos mostravam o potencial de aprendizagem que esse tema poderia trazer. No dia seguinte, em roda de conversa, as crianças falaram espontaneamente sobre as aranhas e listaram várias curiosidades que acabou norteando as pesquisas durante todo o projeto. A busca por teias e capturas de aranhas; a observação com lupa das aranhas vivas capturadas na escola, além dos estudos, conversas e produções infantis tornaram o projeto atraente e rico. Descrição das intervenções que foram realizadas Os questionamentos das crianças sobre as aranhas foram sistematizados e possibilitaram muitas descobertas. Nas pesquisas nos parques e campos da escola, as crianças encontraram várias aranhas e suas teias. Em sala registravam o que encontravam e discutiam sobre as semelhanças e diferenças. As pesquisas feitas com as aranhas encontradas na escola, ajudaram a perceber as características das espécies venenosas, o perigo que oferecem às crianças e muito mais. As aranhas capturadas foram colocadas em potes e observávamos as aranhas todos os dias. As crianças ficavam muito empolgadas com o momento da observação, pois, logo se organizavam para observar as aranhas. Conseguimos capturar ao todo cinco aranhas diferentes, três domésticas e duas de jardim. Durante o tempo que as aranhas ficaram na nossa sala, pegávamos formigas pequenas e colocávamos nos potes, para que as aranhas se alimentassem. As crianças fizeram um registro espontâneo das aranhas. Nesses registros as crianças já era possível observar todo o conhecimento sobre as características das aranhas. Passaram a pesquisar em livros, assistiram vídeos sobre o mundo das aranhas e passaram a confeccionar aranhas com diferentes materiais. As crianças ficaram empolgadas com a diversidade de formatos, tamanhos e espécies diferentes. Algumas crianças repetiam trechos do vídeo com bastante segurança, e foi muito interessante verificar os conhecimentos que estavam adquirindo. Em roda de conversa as crianças faziam colocações muito pertinentes, sobre as características das teias, partes do corpo das aranhas, rapidez na captura dos insetos, etc. As crianças também construíram uma teia gigante em frente à sala e em um dos parques, utilizando elástico branco. Passar pela teia gigante, foi um dos momentos mais divertidos do projeto. As crianças ajudaram na instalação da teia e isso fez com a teia tivesse um significado maior, pois elas se concentravam e pensavam em como fazer a trama se fossem aranhas tecendo teias. E depois imaginavam-se insetos presos à teia. “Professora, eu pensei que a teia saía do bumbum da aranha!” “A aranha enrola os insetos! Eu já vi!” Outras crianças da escola também tinham acesso às teias e brincavam com elas. A professora aproveitou o momento para trazer textos informativos e solicitou aos pais pesquisas e fotos para as produções infantis que, posteriormente, seriam expostas nos corredores da escola. “Professora, nos filmes não falam se as aranhas têm pelinhos!!!" “Esse filme mostra a aranha de pertinho! Ela é muito feia! Tenho medo!” A professora fez um levantamento das crianças que tinham medo de aranha. A partir das informações coletadas iniciou uma ação que lidava com a temática do medo e da importância de sentir medo. Todos os aprendizados foram organizados em cartazes; cada assunto era tratado em registros individuais e/ou coletivos para compor o portfólio da sala. Para finalizar montaram uma exposição com suas produções voltada para crianças de outras salas e para os familiares. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido Nas observações e investigações cotidianas as crianças surpreendiam-se: “Esta aranha construiu uma enorme teia”. “Diferente desta aqui... nem conseguimos ver a teia!” “Claro que dá para ver, eu estou vendo coisas grudadas na teia!” “Essa aranha é muito feia! Olha os olhos dela!!!” “Essa aranha é a de pernas finas” As crianças também levavam suas produções para casa e contavam sobre o que estavam aprendendo. De volta à escola, compartilhavam nas rodas as vivências: “Meu pai achou essa teia (lastex) muito legal!” “Eu contei as patinhas para a minha irmã!” “Professora, eu sei quantas pernas a aranha tem! Tem oito!” Perguntaram o que significava “curiosidade” e uma criança quis inventar uma. Maria Eduarda, disse: - “As aranhas que têm pelos, usam para ter amigas!” Rsss... Cada criança falava sobre o que sabia e logo os amigos comentavam ou complementavam as ideias uns dos outros. Sabiam que não poderiam mexer nas aranhas pois não sabemos se têm veneno ou não e as crianças logo completaram: “Professora não podemos matar as aranhas.” “As aranhas são feias, mas são boazinhas!” “Boazinhas?? Como você sabe?” E, durante toda a nossa roda de conversa, as crianças participaram com comentários muito pertinentes. Conforme desenhavam faziam comentários: “Pro, a aranha tem oito pernas.” “Professora minha aranha é a Golias, a maior aranha do mundo!” “A aranha que estou fazendo é colorida, igual à que nós pegamos no jardim.” “Vou fazer a minha aranha com vários olhos Descrição dos resultados das ações A exposição também foi feita para as outras crianças da escola, para que pudessem conhecer algumas curiosidades sobre esses animais bem como a sua importância para o meio ambiente, e observar amostras reais. Para finalizar realizaram um linda exposição com as pesquisas, achados e trabalhos das crianças, que mostravam tudo o que haviam aprendido. A apresentação espontânea das crianças foi um ponto forte do evento. Elas falava espontaneamente e com muita propriedade sobre os conteúdos, o que encantou a todos. Os pais e familiares também se envolveram com o projeto e isso tornou-o ainda mais significativo.
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Histórico
Novembro 2019
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Tudo
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