Nome da Instituição: Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Carlos Nelz Responsável: Cláudia Fernanda Bergamo Drechsler Função ou cargo que ocupa: Professora de EI Município e Estado: Gramado/RS Faixa etária atendida: 4 a 5 anos Categoria: Professor 2 - Passei a valorizar e expor as produções infantis O que levou a realização da prática? (diagnóstico) A professora há muito se preocupava em como integrar as crianças ao espaço da escola e vinha discutindo com as colegas sobre a possibilidade de renovar os espaços com produções das crianças, para que elas se vissem como autoras, parte integrante do espaço, sem utilizar materiais plásticos, EVAs, entre outros. O cabide onde eram guardadas as mochilas das crianças, por exemplo, eram identificados por personagens estereotipados, todos iguais, sem que a criança participasse do processo de criação, não deixando suas marcas naquele espaço. Descrição das intervenções que foram realizadas A professora iniciou um trabalho com a identidade das crianças. Exploraram muitos materiais e construíram, em conjunto, o cabideiro da sala, mas, ao invés de personagens, utilizaram o autorretrato. Logo no início do ano, eles se olharam no espelho e retrataram em papel cartão sua “fotografia de corpo todo”, como as crianças dizem. Esses desenhos foram colocados nos cabides, juntamente com seus nomes. No meio do ano, realizaram a troca desses retratos e os recolocaram nos lugares que escolheram. A entrada da sala também foi confeccionada pelas crianças e toda a ação permitiu que elas reinventassem os espaços da escola. Pinturas, trabalhos em argila e tudo o que é feito pelas crianças é exposto na sala e nos corredores da escola. As próprias crianças ajudam a pensar onde ficariam melhor expor suas criações. O painel principal também foi confeccionado por eles, assim como o painel de tecido que existe no refeitório da escola. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido As crianças passaram a reconhecer e valorizar suas produções. Uma delas mostrou como queria colar sua “foto” e a professora pensou que a posição fosse invertida, obtendo como resposta: “não profe, olha aqui o meu cabelo, cabelo é em cima da cabeça, né”? Maria Isabella comenta: “não tem problema, né profe? Eu gosto de desenhar todo mundo” (família). “Olhem como estou linda”! Murilo brinca: “Profe, eu fiz uma pessoa com orelha de gato e bigode de rato, acho que não sou eu!” e ria sozinho. E no mural do banheiro... Taylor: “Tu viu que a gente está escovando os dentes aqui, Murilo? É legal a gente se ver nas fotos, né”? Descrição dos resultados das ações É nítida a evolução dos detalhes nos desenhos das crianças. Além de demonstraram evolução na linguagem oral e escrita. Muitas das crianças diziam que não conseguiam, não sabiam desenhar, mas hoje não aceitam mais propostas estereotipadas ou reproduções de desenhos. As crianças mostram-se seguras ao expor o que produzem. Levam para casa, mostrando a todos, satisfeitos e felizes, suas criações.
0 Comentários
Deixe uma resposta. |
Histórico
Novembro 2019
Categorias
Tudo
|