Nome da Instituição: CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL LUIZ VARGAS Responsável: JULIANA DOROW GIRARDI Função ou cargo que ocupa: professora Equipe participante: coordenadora e zelador Município e Estado: Blumenau/ Santa Catarina Faixa etária atendida: 4 e 5 anos Categoria: Professor 1: Passei a ouvir, observar e conhecer mais as crianças O que levou a realização da prática? (diagnóstico) O projeto surgiu a partir do interesse e curiosidade das crianças pelos insetos. Em roda de conversa o grupo pediu para estudarem as formigas e, assim, foram surgindo as primeiras perguntas e curiosidades. Como vivem as formigas? As formigas comem folhas? Elas têm veneno? Como é dentro do formigueiro? Porque elas andam umas atrás das outras? Podemos fazer um formigueiro? Descrição das intervenções que foram realizadas A professora realizou um passeio com as crianças, no espaço externo do Cei, para procurarem formigas e logo que as encontraram, resolveram segui-las para ver onde iriam. Descobriram que elas iam para um formigueiro, num canteiro de grama. As crianças viram que algumas formigas estavam carregando pequenos pedaços de folhas de grama. Daí muito mais curiosidades e dúvidas surgiram. Com a ajuda do zelador, coletaram algumas formigas e colocaram em um vidro com um pouco de barro do canteiro. Por meio de pesquisas descobriram que se tratava da formiga de fogo. Por meio de vídeos e pesquisas referentes fizeram várias descobertas, como, por exemplo, a importância das formigas para o meio ambiente; que vivem em sociedade, como funciona o formigueiro, como elas se alimentam, o que comem, como se comunicam. A curiosidade das crianças ia além e, então, resolveram, em roda de conversa, voltarem ao formigueiro para coletarem mais formigas e acharam a “formiga rainha”, alguns ovos e larvas. Colocaram no vidro “formigueiro” e acrescentaram areia. Conforme os dias iam passando, as crianças iam observando o formigueiro e cuidando das formigas. Observaram os caminhos (túneis) que as formigas construíam através do vidro. As crianças observaram o formigueiro todos os dias, colocavam comida para as formigas e algodão molhado em água para manter úmido o formigueiro. “Era encantador ver os olhinhos brilharem ao observarem o formigueiro com tanta curiosidade e satisfação ao ver o desenvolvimento do formigueiro. Através de vídeos descobrimos que poderíamos fazer um formigueiro diferente com potes e mangueiras. E assim surgiu o nosso segundo formigueiro”, diz a professora. Uma criança sugeriu procurarem fora do CEI outros tipos de formigas. No passeio pelo bairro encontraram um formigueiro grande e bem diferente do que conheciam; as formigas eram maiores e tinham a cabeça avermelhada. Coletaram algumas formigas para pesquisarem a espécie encontrada e descobriram que se tratava de formiga saúva. O zelador ajudou a fazer um formigueiro, por se tratar de um formigueiro muito grande. Convidaram também uma bióloga para responder algumas das perguntas das crianças e falar sobre as formigas. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido Como as formigas encontradas fora do CEI eram maiores do que as anteriormente encontradas, as crianças acreditavam que elas precisavam de uma “casa” maior. A partir daí algumas dúvidas surgiram. “Será que nosso formigueiro vai dar certo, sem a formiga rainha?” “Será que podemos juntar essas formigas com a formiga de fogo?” “Será que as formigas vão escolher outra formiga pra ser a rainha?” “Será que elas vão se dividir e formar duas colônias? Já que nesse formigueiro tem dois potes com areia e barro”. E assim continuamos a observar os formigueiros diariamente e pesquisando conforme as dúvidas iam surgindo. Descrição dos resultados das ações Através das pesquisas e vivências no decorrer do projeto, as crianças puderam entender como vivem as formigas e a importância que esses insetos têm para o meio ambiente. Descobriram que a formiga é o único inseto no reino animal que “recicla” o seu lixo, ou seja, elas criam no formigueiro um aterro sanitário onde descartam restos de alimentos e formigas mortas. Descobriram também que a formiga não come folhas e sim fungos e, ainda, que a formiga macho não trabalha. Com a ajuda das famílias, as crianças pesquisaram outras espécies de formigas e confeccionaram uma formiga com materiais alternativos. Em sala modelaram formigas com argila e massa de biscuit. As crianças demonstraram muito interesse em reproduzir através da escrita espontânea palavras referentes ao projeto. Trabalharam com histórias infantis relacionadas, textos coletivos e assistiram filmes sobre formigas. O interesse das crianças pelas formigas era tão evidente e encantador que os pais relatavam, que em casa, elas davam aulas sobre formigas. O projeto foi finalizado em parte, pois os formigueiros continuam em sala sendo acompanhado pelas crianças para o observar seu desenvolvimento ( de vez em quando uma criança chama porque notou alguma mudança no formigueiro ou faz alguma fala referente à formiga, mesmo já trabalhando em outro projeto). Foi realizada uma exposição no hall de entrada do CEI, sobre o “Fantástico mundo das formigas”.
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Novembro 2019
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