Nome da Instituição: Escola Municipal de Educação Infantil Vivendo a infância Responsável: Deise Vieira Fernandes Bissoloti Função ou cargo que ocupa: professora Município e Estado: Esteio /RS Faixa etária atendida: 0 a 3 anos Categoria : Gestão 1: Como favorecemos o protagonismo infantil O que levou a realização da prática? (diagnóstico) A prática parte da observação da professora relativa ao cotidiano dos bebês na escola; as brincadeiras, as interações, as refeições e outros momentos de cuidado. A partir de uma escuta sensível e de um olhar atento, a professora observou os gestos, necessidades, interesses, emoções e desejos das crianças, para criar ambientes organizados, propositores, acolhedores e atrativos, onde cada criança pode viver diversas experiências; criar, aprender, brincar e se expressar. Até então, as crianças ficavam restritas à sala referência da turma; não utilizavam outros espaços da escola, interagiam pouco entre si, com outras crianças e com os funcionários. Articular o tempo e o espaço era fundamental para que as crianças pudessem explorar os materiais livremente, com autonomia e de acordo com o ritmo de cada uma, respeitando sua individualidade. Descrição das intervenções que foram realizadas Os ambientes foram organizados de forma a garantir o acolhimento e desafiar os bebês, a partir de espaços variados e materiais diferenciados O tempo também foi repensado, bem como o número de crianças nas atividades para proporcionar experiências instigadoras, cheias de encantos, explorações, pesquisas e descobertas. Um brincar com intencionalidade valoriza a riqueza do dia a dia com os bebês; um cotidiano que permite que o inusitado, o inesperado e o extraordinário possam acontecer. Sendo assim, pensar o planejamento das práticas pedagógicas da Educação Infantil está intimamente ligado à organização dos espaços, dos tempos e dos materiais, oportunizando aos grupos de crianças interações e brincadeiras, suscitando repertórios diversos para experienciar e se encantar. A atuação planejada necessitou de materiais variados, como por exemplo: tintas, areia, argila, colas, pincéis, rolos de pinturas, texturas, papeis, elementos da natureza (folhas, barro, água, gravetos, pedras), telas, cavalete, azulejo, papelão, carretéis, sucatas, etc.; tudo organizado previamente. O espaço é um facilitador do trabalho do professor. O pátio, o saguão da escola, a sala de referência, o atelier, todos os espaços são bem-vindos nessa ação que amplia as possibilidades de manifestação das crianças tanto individualmente, como em duplas ou em grupo. Foi possível também um trabalho de articulação entre o tempo e o espaço, fundamental para que as crianças possam explorar os materiais livremente, com autonomia e de acordo com seu interesse. As propostas desenvolvidas foram registradas em forma de fotos, vídeos e relatos como documentação pedagógica. Descrição dos saberes e fazeres infantis que emergiram no trabalho desenvolvido Na educação infantil e especialmente na turma de berçário, o trabalho é contínuo, lúdico e significativo. Os resultados são visíveis, pois ao utilizar materiais diferenciados, os bebês ampliam seu repertório de brincadeiras e aprenderam com descobertas e vivências inspiradoras. E é também nas interações e relações que as crianças aprendem e se constituem. Cada criança, como ser único, explora os materiais a sua maneira. No início, algumas crianças não gostavam de se sujar com tintas, por exemplo, outras já queriam usar muitas cores e usar as mãos ao invés de pincéis. Aos poucos elas foram ampliando o seu repertório de vivências e participando com mais naturalidade desses momentos e das atividades propostas. A cada possibilidade ofertada às crianças, há uma intencionalidade pensada pelo professor, mas o inusitado também aparece no cotidiano da escola a partir do imaginário e do pensamento infantil. São muitas as manifestações. Por exemplo, no pátio, uma criança traz uma pedrinha que encontrou no meio da grama e diz: “Tesouro!” Então, percebendo o seu fascínio e encanto, a professora sugere que ela a guarde em um lugar especial. Tem quem guardou no espaço externo, no meio da natureza, tem quem quiz levá-la casa. Para a professora Deise, ouvir as crianças e revisitar a sua própria infância pode ser a chave para se aproximar do universo infantil. Descrição dos resultados das ações A diversificação das vivências das crianças gerou transformações na relação das crianças com os espaços, rotinas e materiais, mas também possibilitou mudanças profissionais (formação continuada) e de gestão, o que impactou na interação com as famílias. Aos poucos, novas propostas foram sendo introduzidas, novos materiais e novos espaços para explorar e as crianças ficaram, cada vez, mais interessadas e concentradas. O interesse e a curiosidade para com os materiais aumentavam gradativamente, à medida que as experiências significativas eram vivenciadas. Foi possível constatar que as aprendizagens aconteceram durante as interações entre as crianças e delas com os materiais. Os materiais diversificados são importantíssimos para o desenvolvimento dos bebês, aguçam a inteligência, despertam o interesse e proporcionam um mundo de fantasia, imaginação e criatividade. Experimentar, explorar, manusear, empilhar, montar, encaixar, entre outras ações de participação ativa, demonstram as infinitas possibilidades que esses materiais oferecem.
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Novembro 2019
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